SHIMEJI SIMULATION
STATUS
COMPLETE
VOLUMES
5
RELEASE
November 26, 2023
CHAPTERS
49
DESCRIPTION
A girl who shut herself in a closet for the last 2 years of middle school realizes she has to go to high school. When she exits her closet for the first time in two years and looks at herself in the mirror, she notices that she grew shimeji mushrooms out of her head.
CAST
Shijima Tsukishima
Majime Yamashita
Shijima no Ane
Mogawa Sensei
Yomikawa Senpai
Niwashi
Sumida Senpai
Ayaka
Yoshiko
Chito
Yuuri
CHAPTERS
RELATED TO SHIMEJI SIMULATION
REVIEWS
beeginey
90/100Another amazing work by TsukumizuContinue on AniListShimeji Simulation is the spiritual and emotional successor to Girl's Last Tour (Even featuring cameos of Chito and Yuuri themselves) and a wonderful piece by Tsukumizu.
The manga doesn't have too much of a linear plot, as it is more of a series of ideas separated in each chapter. The story follows Shijima (Or Shimeji-chan), a shut-in who after being in her closet for years grew a pair of shimejis out of her head, and Majime, a cheerful girl born with a sunny-side up egg on her head. It follows a surreal depiction of everyday school life, where every chapter focuses on a different strange idea or scenario.
The art itself is very freeform and simplified, and Tsukumizu uses it to capture emotions more than any physical imagery. The cityscapes and characters all feel dreamlike, with everything often just barely resembling what we see in our everyday lives. The content behind it all seems pretty nonsensical and meaningless, while still fitting the calming nature of the series. Every chapter you dont know what to expect, but every chapter always seems fulfilling in it's own special way. Everything is incredibly relaxing, and reading Shimeji Simulation constantly feels like an escape in it's own right.
The concepts the surrealism covers are all seemingly odd. From fish to language to God to really deep holes, on paper, none of it fits together in the slightest. And yet, despite that, everything on every panel, everything said, each thing pictured, seems to be deliberately structured into one whole cohesive world. None of Shimeji Simulation seems "unnecessary" or "filler," yet at a glance none of it seems super plot-relevant either. It all interlocks together perfectly, yet never in a way you would imagine things fit together. It is like a concoction or an amalgamation of both complicated ideas and simple figures, yet when thrown together creates one perfect Shimeji cake.
Wording this all is difficult. However, Shimeji simulation is an experience that is difficult to put into words. It is more than what it seems at first. It's not for everyone, it truly isnt, but if you liked Girl's Last Tour, I would highly encourage checking Shimeji Simulation out. Tsukumizu is one of my favorite artists and a massive inspiration, so I hope everyone else can experience the same odd sense of joy I did.
My final words, Shimeji Simulation is a piece of art that you will never find anything similar to. It is one of the most unique things I have ever read, and I want to tell anyone I can about it. If you have yet to check out Shimeji Simulation, I tell that you please do. I believe it needs more recognition.
thankyoubasedgod
85/100"Nós pensamos, logo, nós existimos."Continue on AniListEsta review contém spoilers. Caso não se importe com isso pode continuar lendo e caso queria ler a review, dá uma chance pra esse mangá, ele tem 360 páginas de conteúdo, cada capítulo tem 10 páginas e só há 36 capítulos no momento em que essa review foi escrita. Introdução [ ](https://twitter.com/lililjiliijili/status/1533024607472451584/photo/1) Shimeji simulation é um mangá de comédia surreal slice of life escrito e desenhado por tsukumizu, autor da obra Girls Last Tour, no formato 4-koma que tem como enredo o dia-a-dia de Shijima Tsukishima, uma ex-hikikomori que ficou dois anos dentro de seu próprio quarto e acabou desenvolvendo dois cogumelos que pulam pra fora de sua cabeça, e Majime Yamashita, sua companheira de classe que tem um ovo frito na cabeça, um enredo simples(a princípio simples), mas que possuí alguns temas interessantes que irei comentar nessa review.
História A primeira parte de Shimeji simulation é exatamente o que você esperaria da sinopse, duas garotas que vão vivendo a vida enquanto umas coisas estranhas vão acontecendo. Ver como a Shijima vai lentamente voltando a se conectar com a sociedade junto da Majime é bem aconchegante, apesar da vibe meio melancólica que algumas partes do mangá tem ele é bem leve, provavelmente por causa da relação da Majime e a Shijima, que consegue amenizar essa melancolia através das interações que elas tem ao longo do mangá, além da própria dinâmica das duas, a Shijima sendo a personagem pra baixo e a Majime a personagem alegrezinha faz essa relação ter um contraste que causa situações bem imprevisíveis e divertidas de se ler.
Entretanto o mangá não é só isso, em muitos momentos da obra coisas estranhíssimas acontecem, como um dia em quê as palavras das personagens ganham o poder de se manifestar fisicamente, ou quando as personagens criam um buraco tão fundo que quem pula nele clippa pra fora da realidade ou até o dia em que a água consegue de alguma forma flutuar (esse eu nem consigo explicar direito), isso sendo tudo parte de uma história que vem sendo construída em segundo plano com a irmã da protagonista (vou falar mais dela na parte de personagens) e que pra poder falar dessa história construída em segundo plano, vou adentrar em spoilers e a partir daqui tudo vai ter spoiler, menos a conclusão, pula pra lá se tu quiser, e se não ficou muito claro pelo título, em shimeji simulation as personagens vivem em uma simulação, e toda essas ocorrências estranhas são frutos de bugs do próprio sistema, existindo um personagem inclusive que foi criado com o intuito de consertar esses bugs que é o(a) jardineira, e o objetivo da irmã mais velha é conseguir quebrar essa simulação para tornar as pessoas da cidade mais livres, como a própria personagem mesmo diz, o que faz haver uma mudança dramática em ambientação do mangá quando ela alcança esse objetivo(lá pro capítulo 30), ao invés de se ter uma cidadezinha normal, o que se tem é uma cidade totalmente surreal em que a organização social continua praticamente a mesma e graças a possibilidade de todo mundo poder manifestar seus pensamentos sem quase nenhuma restrição, a cidade ficou mais diversa e estranha, o que permite continuar o sentimento de slice of life que a obra tem enquanto a mesma vai pra uma direção totalmente fora da curva.Personagens Pode até ter parecido que eu não falei muito da história, mas é porque no momento não tem muito mesmo, a maior parte dos capítulos desse mangá são episódicos e não há muita diferença da primeira parte do mangá para a segunda de um ponto de vista narrativo, a única coisa que muda é o setting basicamente. O que não é algo tão negativo, pois o mangá compensa em outra área que eu penso ser o maior ponto forte dessa obra, os personagens, apesar desse mangá ser episódico, os capítulos dele não se contém neles mesmos, ou seja, é possível ter arcos de personagem e, nessa parte da review, quero comentar as duas personagens principais junto de outros 3 personagens e o que eles representam para a história.
Shijima Tsukishima Shijima é a personagem principal dessa história, uma ex-hikikomori que depois de 2 anos dentro de seu quarto, finalmente decidiu sair para ver as aulas do ensino médio. Inicialmente, ela é uma garota bem apática que não planeja ter amigos, essa apatia e tristeza dela é mostrada nas coisas que ela gosta, a chuva que é um elemento bem melacólico e que geralmente associamos a tristeza, o livro favorito dela ser o No Longer Human do Osamu Dazai, ou até mesmo como a única coisa que ela tem uma obsessão na história são peixes, animais que não apresentam emoções visuais alguma. Entretanto, ela conhece no primeiro dia de aula a Majime, uma pessoa bem energética que se força a ser sua amiga, é bom inclusive pontuar o quão importante a Majime é para a Shijima, tem esse capítulo no mangá em que a Shijima vai para um mundo de sonhos e lá ela encontra várias portas que tem coisas dentro, as primeiras portas mostram como era a vida da Shijima antes de encontrar a Majime:
(O peixe representa a apatia dela, o ouriço-do-mar mostra como ela não planejava ter amigos e era é bem reclusa, pois qualquer um que chegasse perto dela ia se machucar, o No Longer Human é o livro favorito dela e o resto eu acredito estar ali só pra ressaltar o surrealismo da cena) Daí, ela abre uma outra porta e aparece um ovo frito gigante, que representa a Majime, e a Shijima decide andar em cima desse ovo, apesar do ovo não ser perfeito (já que ele foi mal feito/tá meio cru), ele é bem macio e de certa forma acolhedor, além de ser confortável, mostrando que apesar da Majime possuir falhas, ela ainda é a pessoa que ajuda a Shijima a melhorar, além de ser um ponto de conforto que sempre vai tá lá por ela. Mesmo assim, ela ainda fala que odeia esse ovo, pra representar que naquele momento a Shijima não aceita totalmente a Majime como sua amiga e companheira.
E por causa dessa relação, ao longo do mangá a Shijima vai superando o seu lado introvertido em momentos sutis, mas que funcionam bem, como iniciando uma conversa com alguém que ela não tem intimidade, ela indo para a casa de uma amiga, algo que ela nunca tinha feito antes, a até mesmo ela ter a iniciativa de pedir se ela pode visitar alguém na segunda parte do mangá, fazendo que no último cap disponível, a gente tenha uma Shijima mais confiante, que não rejeita o amor dela pela a Majime nem o nega, bem mais expressível e que ainda mantém um pouco das suas características iniciais, como a sua apatia, só que agora bem mais reduzida graças a sua evolução como personagem.
Majime Yamashita Não tem muita coisa pra falar da Majime, a personalidade dela serve de bom contraste pra Shijima e ela tem uns momentos engraçados no mangá por ser meio que a personagem tapada da história, fora isso e o fato de que é ela quem influencia a Shijima a mudar como pessoa, não tem muito o que se falar, nem o ovo frito na cabeça dela tem uma explicação satisfatória ou algo que complemente a história, ao meu ver ela só é a personagem cômica bobinha que não tem muito aprofundamento, pelo menos ela não é irritante e consegue fazer o papel dela de uma forma decente.
Mogawa Sensei/ Ms.Mogawa A Mogawa sensei é uma professora de artes que é apresentada no mangá como supervisora do clube de cavar buracos, frustrada com seu trabalho e suas responsabilidades, a Mogawa sempre acaba se afogando em álcool pra ver se consegue remediar essa frustração. Nesse sentido, a Mogawa acaba dando pro mangá aquele ar existencialista que tinha em Girls Last Tour, só que em vez de garotas questionando a existência de deus, a Mogawa questiona o mais básico, mas também coisas mais palpáveis, como a existência de clubes, segundo a personagem os mesmos são inúteis, não acrescentam em nada, nem desperdiçam tempo dos alunos, porque o tempo não importa mesmo, o que torna a informação de que o clube de cavar buracos será substituído por um clube de encher buracos quando eles cavarem fundo o bastante uma ironia trágica pra personagem da Mogawa. Além disso, o próprio buraco representa e diz algo sobre a personagem, o objetivo dela de cavar buracos é único, alcançar o Brasil.
E é claro, isso é algo impossível de acontecer, mesmo que ela chegue na metade do caminho o calor da terra iria queimar ela viva, é um objetivo que nunca vai ser concluído, ela nunca vai ficar satisfeita com o buraco, mesmo que ela fique ao longo do mangá mais animada por cavar o buraco a ponto de virar uma obsessão, ela vai continuar se afundando nesse buraco sem fim e quanto mais ela vai cavar, mais ela vai se afundar, dificultando que ela se recupere desse vício, uma metáfora que funciona não só pros vícios dela, mas também para qualquer vício, coisas que sabemos que não prestam mais continuamos pra alcançar um "objetivo" que não vai ser alcançado, "vou apostar mais uma e vou parar pra sempre", "vou largar o álcool quando quiser" e etc. Mas, ela acaba sendo salva indiretamente pela irmã da protagonista, depois de pedirem para que ela faça uma máquina que cave sozinho, a máquina cava tão fundo que o buraco não tem fim (ressaltando mais ainda a ideia de que a Mogawa nunca ia conseguir), e é óbvio, a Mogawa não ficou satisfeita com o buraco, perdendo qualquer entusiasmo que ela tinha com o vício, e junto com essa perda, pela primeira vez no mangá inteiro a Mogawa mostra de fato um interesse pelas suas responsabilidades, ela volta para a realidade, só que não dura muito isso, na verdade dura uma página até ser mostrado que ela afundou no outro vício dela de álcool e agora fica o tempo inteiro ao redor do buraco, em um momento de melancolia absurda, a Mogawa tenta se matar ficando a beira do buraco, fazendo que ela caia, e com ela as personagens principais, e quando elas caem no buraco é mostrado que a máquina é tão poderosa que o buraco quebrou a simulação, e as personagens são mandadas para uma praia, nessa praia a Mogawa percebe que ela realmente queria morrer enquanto caia, e para aumentar o alto-astral dela a jardineira, a personagem que é o guarda da simulação, dá um bastão para a Mogawa e com esse bastão a Mogawa pode mover livremente a areia da praia, e com isso ela faz donuts, donuts que são a forma que a Mogawa amava fazer em seus trabalhos da faculdade e que ela parou de fazer assim que virou professora, pois pensava que professores não deviam fazer trabalhos "bobos", o que representa a frustação profissional e como o objeto de afeto dela com a arte foi perdido, e com isso, a jardineira fala pra Mogawa que ela pode fazer quantos donuts ela quiser contanto que ela não destrua a cidade, e o que parecia ser só uma piadinha acaba se tornando um momento extremamente emocional, pela primeira vez em muito tempo a Mogawa finalmente tem de volta o objeto de afeto dela e mesmo que ele seja "bobo" é a coisa que ela mais sente prazer fazendo, e negando esse desejo, ela acabou criando um buraco tanto nela emocionalmente quanto na própria cidade. Assim, ela acaba chorando de emoção devido à essa realização e percebe que ela pode continuar fazendo essas cerâmicas em formato de donuts enquanto é professora, também percebendo que ela deve cortar seus vícios em álcool e buracos, simplesmente sensacional.
Depois disso, a personagem perde a importância e acaba aparecendo só no background de alguns capítulos, até a virada do mangá, na segunda parte temos um capítulo em que a Mogawa ganha o destaque, e nesse capítulo vemos uma Mogawa realizada, graças ao fato de que qualquer pessoa pode manifestar fisicamente seus pensamentos, a Mogawa agora consegue fazer várias cerâmicas em formatos e tamanhos que antes ela não podia, além de experimentar outros tipos de arte, como design de moda, produzindo vários modelos de vestido que acabam bombando na cidade. Em resumo, a Mogawa pela primeira vez na história, não está cercada de seus vícios, e sim pelas coisas que ela ama, finalmente a Mogawa é feliz.
Yomikawa Senpai A Yomikawa é uma personagem extremamente interessante, inicialmente apresentada em um capítulo em que a Shijima vai para a biblioteca da escola dela, ela encontra a Yomikawa, uma pessoa do terceiro ano que é o padrão de beleza japonês encarnado, bonita, inteligente, com pernas longas, frágil (representado por como ela não consegue carregar nada mais pesado que um livro), sempre arrumada, com muito conhecimento sobre literatura e jovem, ou é o que aparenta ser, em outro capítulo é revelado que a Yomikawa é uma adulta que já repetiu o terceiro ano do ensino médio várias vezes, tanto que ela chegou a estudar com a irmã da protagonista, que já largou a faculdade. Nesse sentido, a Yomikawa é uma metáfora viva do quão longe as pessoas vão para alcançar um padrão de beleza, no caso dela ela vai continuar nesse ciclo que não vai dar para ela nada a não ser um pretexto para utilizar uma roupa de estudante, mesmo que ela já seja mais sábia que todas as colegas dela da escola e até de alguns professores.
Irmã da Shijima Primeiramente, quero falar que o nome da personagem ainda não foi revelado, então vou me referir a ela como irmã da Shijima/protagonista. Eu acho que entender a irmã da Shijima é essencial não só para a história de Shimeji Simulation, mas para entender também muita da temática do mangá, já que foi ela quem quebrou a simulação e pode ser considerada responsável por grande parte das bizarrices que acontecem no mangá. Ademais, é válido dizer que essa personagem é uma anomalia, no sentido que desde quando ela nasceu ela já era diferente das pessoas ao seu redor, sendo mais inteligente que a maioria das crianças, o que fez ela se sentir deslocada na cidade, daí que vem o desejo inicial da personagem de mudar aquela cidade, é pra ela simplesmente criar um lugar para ela e a Shijima terem um espaço para si, uma cidade que podem chamar de lar, só que ao longo de suas pesquisas, a irmã da protagonista percebe uma coisa, que essa cidade e o mundo ao redor dela são uma simulação, uma construção, e assim o objetivo dela muda de simplesmente libertar a própria irmã e a si mesmo, para libertar a cidade, deixando todos mais livres em um mundo que todos possam PROVAR que existem, a linha de pensamento do filosofo René Descartes "eu penso, logo existo" ganha um significado literal quando aplicado pro tipo de mundo que ela queria criar, um mundo em que o pensamento é a expressão máxima da vida e da existência.
O surrealismo, a comédia e o kinshotenketsu Esse é um tópico que eu acho necessário falar sobre, pois esse aspecto do mangá pode fazer com que algumas pessoas não sintam interesse na obra e acabem não lendo ela, e de cara eu já digo que apesar do Shimeji Simulation ser surreal, ele não é tão surreal quanto outros mangás desse tipo, como Opus ou Jun: Shotaro no Fantasy World, sendo bem leve nesse aspecto, só realmente ultrapassando essa barra em momentos bem específicos em que é necessário deixar as coisas mais abstratas, como no próprio paínel acima, que mostra a primeira vez da Shijima adentrando o sonho de alguém com a ajuda da irmã dela, trazendo inclusive aquele paínel do ovo gigante que eu usei quando falei da Shijima, ou no capítulo 30 em que a simulação é reconstruída, no geral o surrealismo vem mais pra complementar a comédia do mangá, o segundo painel acima é bom exemplo disso, e acaba se tornando normalizada pelos próprios personagens da obra, e apesar de que seria bem legal se isso fosse tipo um meta-comentário sobre como na nossa própria realidade acontecem coisas absurdas que ninguém se importa por terem sido normalizadas, isso parece ser apenas uma decisão estética pra aumentar esse senso de que as personagens estão em uma simulação que tá quebrando aos poucos.
Entretanto, como esses dois elementos estão muito ligados, se um fraquejar, o outro vai perder muita força, Por isso é válido falar da comédia do mangá neste parágrafo. Para quem desconhece, os mangás 4-koma em geral seguem o formato do kishōtenketsu, que resumidamente é: introdução ~> desenvolvimento ~> reviravolta ~> conclusão, por isso os 4-koma tem 4 páginas, uma pra cada parte do kishōtenketsu, daí que vem a minha maior crítica negativa desse mangá inteiro, o jeito problemático em que o Tsukumizu usa os 4-koma, ao longo do mangá há várias instâncias em que dá pra perceber que o Tsukumizu não tem muito jeito com esse formato, muitas das reviravoltas das piadas são previsíveis ou são mal executadas e mesmo quando são bem feitas elas não são tão engraçadas assim. Além disso, não tem nem outra explicação estrutural pro uso dos 4-koma como trazer um senso de monotonia pra contrapor quando tiver uma página com um layout diferenciado, porque o próprio autor quebra esse layout quando ele quiser, resultando em uma comédia fraca na maior parte do mangá que vem melhorando nos capítulos mais recentes, mas nada que me fez morrer de rir ou até mesmo rir em voz alta, a única exceção é esse paínel ai embaixo que me pegou desprevenido lendo. Resumindo, o ponto mais fraco do mangá de comédia, é justamente a comédia.
A arte de Shimeji Simulation Como uma pessoa que já havia lido Girls Last Tour, uma das minhas maiores expectativas pra Shimeji Simulation era que o Tsukumizu trouxesse o nível de qualidade que a arte dele já possuía e ao entrar no mangá inicialmente estranhei um pouco, a princípio o estilo do Tsukumizu havia se simplificado e ficado menos atmosférico em comparação com Girls Last Tour, isso porque inicialmente a arte de Shimeji Simulation foca mais nesses ambientes escolares, salas de aulas, bibliotecas e salas de clubes, o que dá pro mangá essa vibe mais slice of life e aconchegante, mas logo essa estranheza que eu senti passou com um capítulo que focava na Shijima, nesse capítulo em específico se tem um monólogo da Shijima que resulta no painel abaixo, é aí que vem outro aspecto da arte desse mangá, a capacidade que o autor tem de conseguir ilustrar lindamente a introspecção das personagens:
A princípio ele parece meio básico, mas enquanto eu lia, eu fiquei imerso no capítulo e em especialmente nesse paínel, alguma coisa sobre o quão pessoal e simples essa página consegue ser me fez ficar impressionado com ela, e isso ocorre muito no mangá, esses painéis que conseguem te conectar com as personagens e te fazem sentir suas emoções, mesmo que temporariamente, e isso somado com o surrealismo que o mangá vai implementando deixa a obra muito variada, pois o Tsukumizu sempre brinca com esses 3 elementos, ás vezes usando os três ao mesmo tempo, como naquele painel da praia que eu usei na seção da Ms.Mogawa, além de tudo ter uma vibe surreal, se tem a Shijima e a Majime brincando enquanto a Mogawa reflete sobre a vida dela. Ademais, eu penso que o ponto mais forte do Tsukumizu como quadrinista não foi perdido completamente, e isso é o senso da escala da arte dele, quem já leu Girls Last Tour se lembra de como o Tsukumizu amava fazer essas construções absurdas, hiperbólicas, gigantes, que faziam os personagens se tornarem minúsculos e apesar disso ter ficado mais escasso em Shimeji Simulation, quando se tem essas estruturas elas logo roubam a cena.
No geral eu penso que Shimeji Simulation contribuiu muito pra solidificar o estilo artístico único do Tsukumizu, além de ter permitido ele a ir em direções que não seriam possíveis caso o mangá não fosse surreal, isso faz cada capítulo ser uma surpresa de um ponto de vista artístico, você nunca sabe o que o Tsukumizu vai desenhar, seja uma lua gigante, seja as personagens flutuando na água, seja a escola de cabeça pra baixo ou seja simplesmente elas cavando um buraco. Vou reservar essa parte da review apenas pra mostrar alguns paíneis:
Conclusão Em conclusão, ao meu ver apesar de Shimeji Simulation possuir uma comédia bem fraca no seu começo, ele é um dos melhores mangás Slice of Life em publicação, conseguindo satisfazer tanto leitores casuais que querem uma obra aconchegante quanto pra quem leu Girls Last Tour e tem bastante expectativas sobre as obras do Tsukumizu, com um elenco incrível e uma história ótima, que solidifica a presença do Tsukumizu como um mangaká dessa nova geração de mangakás que começaram a publicar mangás na década passada, além de ter feito eu ficar muito curioso não só pro rumo que a obra vai ter, mas também pra qualquer novo projeto que ele vá fazer, e caso o mangá tenha um bom final, facilmente se tornará um dos meus mangás favoritos. Minha nota final pra Shimeji Simulation é 8.5/10, muito obrigado por ter lido minha review até aqui.
NetzLain
95/100Questioning reality, existence and giving a lesson on exploring philosophy in mediaContinue on AniListIf you are someone who believes in spoilers, be aware that this essay-like review will explore some of the main themes of the manga, and some key elements of the plot may be exposed.
That said, in my opinion, the idea of spoiling this story is silly. This is a good manga and it doesn't rely on shock factors or hidden plot points to keep the audience interested. While using those resources can make a shallow story seem interesting and sometimes even good, Shimeji Simulation doesn't explore this mode of narrative; instead, it uses philosophical ideas to challenge the reader and make them think about concepts and structure of life.
In our trying times every thing that misquotes Nietzsche gets the philosophy tag, and a group of fans that will come with this piece of media trying to explain how deep it is. In reality, we humans are built to find meaning in things, even things that are not that profound, as a result, if you are like me and like from time to time to experience a challenging media that uses philosophical ideas with good intentions, probably already realized that it's becoming increasingly more difficult to find something that lives to the expectations.
We eventually find these works, which are usually exploring philosophical themes in a manner of picking an idea and zooming on characters and that world, sometimes juxtaposing and weighting an idea with the other, usually the latter are presented. With this method, if well done, we get good works, profound works, exploring ideas and philosophy as an allegory to drive the plot of the story, some good examples that comes to mind right now are The Ghost in the Shell franchise, Evangelion, Texhnolyse and Land of the Lustrous. I love all these stories but I can sense a line between what is a narrative component and the presentation of the idea, it's like they create a space for the audience to prepare to think.
Shimeji Simulation is different, it creates an interesting world with equally interesting characters, setting up the perfect conditions to explore various philosophical ideas derived from Arthur Schopenhauer, Albert Camus, Jean-Paul Sartre, Immanuel Kant, George Berkeley, Ludwig Wittgenstein, Carl Jung, and many others. But not only presents these ideas, built one upon another alongside with the story, exploring existentialism, loneliness, reality, death, meaning in life, social constructs, capitalism, and so on. Doing all this in a very smart way, sometimes it's difficult to tell if what it's happening it's plot, narrative or the concept that it's trying to convey.
I'm going to try to exemplify this by presenting some of the ideas explored in the manga to give you an idea of how this is done. The existentialism explored by the pessimistic Mogawa Sensei, the loneliness of Shijima, and the structure of reality and the exploration of the self are themes that I feel more close to and can relate more, so let's focus on those for now.
Existentialism
The meaninglessness of the hole digging club, is such a good way of twisting the Myth of Sisyphus into a very absurd yet relatable example. In this, we have Mogawa lost in life, with a meaningless existence and no motivation, but there is one thing that she looks forward to in her life, to do some digging. It's meaningless, she knows it, but by doing it she finds a meaning, or creates one to justify the action of digging a hole.
Shijima's sister points out that in the past, that club was called hole filling club, which indicates that their existence is a circle of creating problems and then solving them, but devoid of meaning so they can keep themself busy and by keeping it busy, meaning it's created.
After introducing technology to the problem of digging a hole faster, the activity is no longer structured the same way as before and the person who once looked forward to digging now is left unmotivated, and in despair.
After reading this, Mogawa's hole stuck with me, and so a few days later, my boss showed me a new AI tool aimed for enhancing my productivity at work. This tool promised to handle most of my manual activity, leaving me to concentrate on what he referred to as "the interesting parts" – I'd called them "the only aspects AI can't handle yet." At that time, I felt like technology was going to take my hole digging away from me.
After developing this idea of the hole digging club in a few chapters, the existentialism topic and the search for meaning are explored further and from different perspectives, especially with Mogawa. She goes from exploring social constructs and the systems that brought her to the digging hole club, through changing the original club to another type of club, but maintaining the meaningless meaning as its nature.
Self and narratives
About the self, this is one of the main topics explored in the manga. Since the beginning of the story we see questions start to surface about it with Shijima, Majime, Yomikawa and Mogawa. The nominative determinism in Shijima and Majime's names explored and joked around in the early chapters. The difference in their bodies when comparing with other people around them, understanding how the world works and trying to find their place in a chaotic reality. They explore how communication works, exploring the limit of language and to get others to understand your ideas and concepts, as well as how relationships work and how they fit in all of this.
The further development of the self goes to proposed Jean-François Lyotard's idea of the "the grand narrative" which implies that we are only stories, and that reality, knowledge and identities are constructed by narratives:
Creating a connection between finding meaning, existence and the self we realize that meaning it's a projection of the individual upon an activity, it's fitting in a narrative that encapsulates the self and it's action into a context, and the observation of this forms a reality and validates existence. By this time Mogawa becomes a being yet not being type of being, living only as representations inside art not having a body and letting Sumida in control of her narrative.
Loneliness
Almost every character goes through periods of loneliness, but we get a better understanding through Shijima's perspective. She goes from being accustomed with this feeling then adjusting when this feeling is no more as present as initially was, and when this feeling strikes again it's so poignant that even after trying to adapt again as once were, it's not the same, because she experienced the company of Majime, and now being a loner it's not so appealing anymore.
The loneliness presented in Shimeji Simulation feels so familiar. The distance that Shijima puts between herself and other people is not always a conscious decision and you can feel the pushing and pulling away from people. The wanting and not wanting to be with people. The pushing people away when they are too close but also yearning for connection every time that you wake up from a dream. She is the embodiment of Schopenhauer's hedgehog dilemma.
Extra
The comedy is really good - the moments of comedy makes the moments of despair feel way more authentic, because it creates this balance between happiness, pain and despair.
Conclusion
We have philosophical textbooks providing poignant and complex ideas about our reality, society and ourselves. That often are abstracts, hard to digest or see a way of this idea applied in your day to day life. A good philosophical anime or manga, though hard to find, can take these ideas and explore them into a narrative, presenting to an audience in a way that makes that digestible, thought provoking and reflective. Ideas do not necessarily need to be originated from a philosopher but also in narrative by the author, but for some reason finding a good idea that came to fruition this way is even rarer than the previously cited. In Shimeji we get the best of every world.
Overall this manga earns the philosophy tag, and like few works in this media, does a very good job exploring philosophical themes and ideas with world building and character development. If you are someone who likes works that can make you think and reflect on your life, then Shimeji Simulation is something that you might find good. I tried exploring some of the ideas brought up in the story to exemplify how good this is, but there are many others, trust me. Almost every chapter you can have interesting ideas making waves on you.
This is my first review, so if you liked it or not let me know for future reference. Also, I would be glad to explore more philosophical topics either on Shimeji or another title (manga or anime) if you have recommendations or want to talk about it, let me know, I've got nothing else to do, really!
I think I may transform reviewing into my hole digging club.
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SCORE
- (4.15/5)
TRAILER
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Ended inNovember 26, 2023
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