AYAKO
STATUS
COMPLETE
VOLUMES
3
RELEASE
June 25, 1973
CHAPTERS
19
DESCRIPTION
Opening a few years after the end of World War II and covering almost a quarter-century, here is comics master Osamu Tezuka’s most direct and sustained critique of Japan’s fate in the aftermath of total defeat. Unusually devoid of cartoon premises yet shot through with dark voyeuristic humor, Ayako looms as a pinnacle of Naturalist literature in Japan with few peers even in prose, the striking heroine a potent emblem of things left unseen following the war.
The year is 1949. Crushed by the Allied Powers, occupied by General MacArthur’s armies, Japan has been experiencing massive change. Agricultural reform is dissolving large estates and redistributing plots to tenant farmers—terrible news, if you’re landowners like the archconservative Tenge family. For patriarch Sakuemon, the chagrin of one of his sons coming home alive from a P.O.W. camp instead of having died for the Emperor is topped only by the revelation that another of his is consorting with “the reds.” What solace does he have but his youngest Ayako, apple of his eye, at once daughter and granddaughter?
(Source: Kodansha USA)
CAST
Ayako Tenge
Jirou Tenge
Sue Tenge
CHAPTERS
RELATED TO AYAKO
REVIEWS
Oliwa
88/100Um mangá que mostra o que há de pior na moral humana, e um pouco da história de um Japão pós-guerra ainda conturbado.Continue on AniListAyako - Uma história de uma garota que só queria viver (Com Spoilers) Sendo um mangá em três volumes publicado entre os anos de 1972 à 1973, na revista Big Comic, escrito pelo considerado "Deus dos Mangás", Osamu Tezuka, responsável por inúmeros clássicos para os mais diversos públicos, como Astro Boy (ou Tetsuwan Atom se preferir), Dororo, Black Jack, Kimba, A Princesa e o Caveleiro e entre vários outros, Ayako se encontra no meio deles como uma importante parte de seu legado, uma obra que mostra as partes mais feias e reprimidas da sociedade, e o que a ganância e egoísmo podem levar o ser humano a fazer.
Quando pude finalmente ler esse mangá, ele me despertou sentimentos de ódio e nojo em mim contra cada um dos personagens e acontecimentos. Na parte envolvendo a política e relações entre partidos, confesso que eu fiquei boiando bastante, mas é bem interessante os vários eventos reais que foram mostrados e referenciados aqui, como o Incidente de Shimoyama, O descarrilamento de Mitaka e Matsukawa, o caso do soldado Soichi Yokoi, relacionando os com a família Tenge, uma família formada por uma árvore genealógica sustenta pelos mais diversos crimes, mesmo fazendo parte da alta sociedade, sofre de uma grande miséria moral e puro egoísmo.Arte Quanto a arte a achei muito boa no geral, pessoalmente gosto bastante do traço do Tezuka e todos os personagens são bem identificáveis no momento em que aparecem. Os cenários são um espetáculo a parte, sendo muito bem detalhados, especialmente os do campo, ambientando muito bem todas as cenas da história, e ainda existe um uso muito único das metáforas visuais presentes que aumentam ainda mais a carga dos acontecimentos. O que Tezuka faz com a quadrinização é fascinante, sendo bem dinâmica e nunca te deixando confuso quanto a ordem dos acontecimentos na páginas, com algumas sacadas bem legais que ele faz.
A história no geral Achei que poderia ser interessante falar dela por meio de cada um dos personagens que a fazem funcionar, então decidi começar por:
Ayako Tenge ( a forma como seu nome é escrito também significa "Estranha") é uma garota que teve sua vida roubada por mais de 20 anos em um porão, nascida de uma relação suja de seu pai com a esposa de seu próprio filho, tendo que chamar sua verdadeira mãe somente como uma "irmã", acabou sendo vista como a desgraça da família, e sendo o bode expiatório daquele lugar. Teve uma pequena cena bastante triste, que era Ayako tendo sua menarca, mas por não ter recebido uma criação materna verdadeira, não sabia o que estava acontecendo e achou que iria morrer, ela acabou por não amadurecer como pessoa por esses vários anos, e criou uma ideia bastante deturbada do que era amar e ser amada por alguém, devido aos diversos violentamentos que recebera de seu próprio irmão Shiro. Por ter ficado tanto tempo isolada do mundo real, acabou criando uma extrema fobia de sair daquele porão e quando finalmente tem a opurtunidade, não consegue se acostumar com o mundo da qual ela foi proíbida de experienciar, assim como um pássaro em uma gaiola.
Jirou Tenge, sendo quase que o protagonista em grande parte do mangá, foi feito de prisoneiro durante a Segunda Guerra Mundial, onde até perdeu seu olho esquerdo, foi obrigado a fazer várias coisas pela sua sobrevivência, se tornando parte das ações de espionagem do QG de Ocupação-Norte-Americano, e mesmo voltando para o seu lar no campo, é recebido com desdém pelo seu pai, Sakuemon, por ter voltado vivo da guerra e não morrido como herói. Os Tenges estavam numa situação de crise pela da perda de terras e poder, causadas reformas agrárias. Jirou foi ordenado a realizar uma operão envolvendo a morte do namorado de sua irmã Naoko,Tadashi Eno, nos trilhos, já que ele fazia parte de um movimento progressista contra as ações da ocupação americana no país. Após ser quase pego por seus crimes, Jirou foge tentando não deixar qualquer tipo rastro com a família Tenge, conseguindo se erguer nas sombras da guerra da Coreia com a venda de armas, e se apoiando no crime organizado, se tornando um importante membro da Yakuza com seu próprio grupo, mudando seu nome para Yuutenji. Entretanto, as memórias de sua vítima mais triste, Ayako, nunca sumiriam, então ele sempre mandava dinheiro para ela de forma anônima. Em certo momento da história, Ichiro herdara as terras da família, mas é obrigado pelo governo a ceder parte do terreno para construção de uma ferrovia, o que incluia o galpão onde Ayako está, Shiro cede ao governo e deixa destruirem o galpão, tirando Ayako de lá e a colocando em uma caixa, mas é nesse momento que ela foge, se escondendo num caminhão que iria direto para Tóquio, e encontra Yuutenji sendo quem mandava dinheiro para ela, mantendo a Ayako em sua mansão, e enquanto ela saia para explorar as redondezas que encontra um rapaz chamado Hanao Geta, que era filho de Inspetor Geta, envolvido nas investigações que estavam relacionadas a Jirou Tenge. Ayako e Hanao conversam e ele escuta sua história, e acaba por se apaixonar, não somente por pena, mas de verdade por ela e decidem viver juntos. Mesmo com sua vida bem sucedida como parte da Yakuza, os antigos envolvimentos de Jirou Tenge com o QG de ocupação voltavam a pertuba-lo, com cada um dos envolvidos naquelas operações sendo silenciados um por um, e depois de quase ser assassinado por um ordem de seu próprio braço-direito, Gosei Kinjo, que havia o ajudado desde os tempos em que estava fugindo do QG, acaba voltando para a sua terra natal visitar o túmulo de Tadashi Eno e encontra sua irmã Naoko depois vários anos.
Naoko Tenge não fez nada de particulamente errado, mas acaba por se envolver em acontencimentos que a a marcam profundamente. Fazendo parte de um grupo de progressistas que eram contra as atitudes do Estado e dos americanos, sendo tachados de comunistas e perseguidos pelo governo, Naoko acabou se apaixonando por Tadashi Eno, mas quando descobre que ele morreu de forma brutal nos trilhos de um trem, ela ganha uma grande tristeza em seu coração. Sakuemon descobre que sua filha estivera envolvida com comunistas e a deserda da família Tenge para sempre, a mandando embora. E mesmo com vários anos tendo passado e arranjando um novo marido, o seu sentimento de amor por Eno nunca mudou e ela jura que se vingaria da pessoa que o matou.
Shiro Tenge era alguém que parecia que poderia ser diferente de seus parentes, sendo um garoto inteligente e bastante engenhoso, capaz de expor todos os podres cometidos por eles para a polícia, porém ele não consegue realizar isso, e, conforme ele crescia, e como diz suas próprias palavras, se tornou a lixeira da família Tenge, acomulando toda a sujeira para si, não tendo muito o que dizer sobre sua própria moral.
Ichiro Tenge é outro personagem complicado, se achando o herdeiro das terras da família, foi responsável também por parte da decadência dessa família almadiçoada, tendo sido capaz de oferecer sua esposa a seu próprio pai, e de declarar uma criança de apenas 4 anos como morta e a fazer ficar presa em um porão para o resto de sua vida, como uma solução de manter o nome dos Tenge limpo, por ser a maior testemunha contra o seu irmão Jirou. E anos após esses acontecimentos, com o patriarca da família, Sakuemon, tendo um derrame e vivendo em estado vegetativo, quando Ichiro vê no testamento que grande parte de sua sonhada herança iria para a mãe de Ayako, sua esposa, ele não suportou isso a acabou matando-a e pegando toda a herança para si, porém, foi sendo atormentado pelas dolorosas memórias de seu crime.
Sue Tenge também é outra pessoa que sofreu bastante, sendo mal tratada inúmeras vezes por seu marido Ichiro, violentada por seu sogro e dando luz a uma menina, da qual nunca pôde exercer um papel de uma mãe de verdade para ela, isso a fez se tornar uma mulher extremamente triste e usada como ferramenta para satisfazer desejos de outros, e o mangá ainda mostra que ela já tentou tirou sua própria vida três vezes e a de seu marido também. Entretando, quando tem a oportunidade de ir embora daquela casa junto de sua filha, perde ela no momento seguinte por causa de seu marido egoísta.
Quanto aos outros personagens, nem todos achei muito notáveis e acabei não ligando muito para eles, mas os que acabam por se tornar mais importantes são o Inspetor Geta, e seu filho Hanao Geta que é quem por Ayako se apaixona e os dois tentam viver juntos, com apoio de Yuutenji. E fiquei com bastante pena da Oryõ, uma mulher que aparenta ter problemas mentais por agir de maneira infantil(a história nunca se aprofunda nesse aspecto), que é maltrada o mangá todo e morre de forma bem triste nas mãos de Jirou por ter presenciado ele lavando uma camisa com sangue.
No final do mangá, Jirou após matar Kinjo numa tentativa de descobrir mais sobre a ordem de sua morte, é considerado um sujeito altamente procurado e vai para o interior em sua cidade natal, e a família esperava sua volta em algum momento, com Ichiro e o médico pensando em acoberta-lo em algum lugar para a polícia não o encontrar. Quando Jirou vai ao túmulo de Eno, encontra sua irmã Naoko e revela a ela que esteve envolvido no assassinato de seu namorado, ela movida por um sentimento de vingança e tristeza, esfaquei o seu irmão, mesmo sabendo que isso não traria ele de volta. Naoko avisa a Ichiro, Shiro e o médico que encontrou o Jirou e que ele precisa ser atendido urgentemente, Hanao e Ayako vão a cidade e encontram Shiro, e todos acabam juntos em um depósito de carvão. E depois de anos e anos, a família Tenge tem sua última reunião familiar, com todos no mesmo buraco, literalmente. Shiro acabou jogando uma dinamite na entrada do deposito de carvão, que faz ele morrer e todos ficarem presos ali, e começam a tentar cavar para sobreviver. É nesse escuro lugar debaixo da terra onde eles experienciam o medo da escuridão, da morte, e de serem esquecidos, todos vão enlouquecendo um por um, mas Ayako era a única calma, pois se sentia bem naquele lugar por lembrar o porão da qual ela passou tanto tempo confinada como uma boneca abandonada. Depois de semanas de procura pela família, os corpos de todos são encontrados, e a única viva ali era Ayako. Após isso, a história dos Tenge parece ter sido esquecida, suprimida pela vinda da modernização.
Não posso deixar de citar uma coisa que fico intrigado uma espécie de conclusão alternativa que o mangá teve, onde parte dos integrantes da família e Hanao Geta ficam vivos, sendo um final um tantinho feliz e esperançoso, mas eu acabei preferindo o final verdadeiro, sendo o que essa história e a família Tenge mereciam ter.
Conclusão Esta foi uma obra que conseguiu ser bastante densa e com um enredo muito envolvente, que prende do começo ao fim, tanto por conta das tramas de cada personagem e seus problemas pessoais, refletindo as feridas mal cicatrizadas de uma nação, com uma arte e quadrinização incrível, sendo bem interessante ver o impacto histórico dela e de seu importante autor, Osamu Tezuka, causaram na indústria dos mangás daquela época.
Agradeço de coração quem leu essa review até o final! Sendo a minha primeira review de 2024, é uma análise da qual eu nem planejava inicialmente fazer, mas depois de poder ler esse mangá finalmente despertei uma grande vontade de escrever e fiquei bem entusiasmado. Wan
99/100A 4 Year Old Girl Suffers for the Sins of WWII JapanContinue on AniListWorld War II is over and Jiro Tenge has finally been allowed to return to Japan. Although concluded, the effects of the war will continue to have a longstanding effect on both Jiro and his family.
The Tenge’s are a family struggling to maintain their traditional lifestyle in an ever-changing post-war Japan. Having historically been a wealthy family they have previously been allowed to own several plots of land. Following Japan’s loss to the US military several Japanese laws were changed, including how much land an individual could own. Thus, forcing the Tenge’s to give up their land to the local farmers. Their unease at this change mirrors that of the Japanese public on having their laws and life dictated by a foreign party during the post-war period. This same sentiment combusting into the violent ANPO protests of 1960 and 1970. The same protests that indirectly resulted in the formation of this manga. It is just one of several cases of real life-historical events influencing this narrative. The traditionalism of the Tenge’s extends past their land ownership into their family structure.
Our formal introduction occuring when Jiro returns back home. Here he is met by a surprise. A new addition to the family who bears a striking resemblance to his sister-in law, despite being his younger sister. Before getting to the bottom of this mystery we are introduced to Sakuemon Tenge, the head of the household. In a moment emblematic of the Tenge’s family traditionalism, Jiro is chastised by his father having not died for his country. This immediately reminded me of 2023s Godzilla Minus One. It’s main character similarly ridiculed for returning home alive. This ridicule an afterimage of the misplaced nationalism that was used to motivate the war effort. Sakuemon’s one-sided chastisement of his second eldest son is a symptom of the paternalistic family structure of the traditional Tenge’s. The only member with any power to stop him – Ichiro, the eldest son – enables his father’s actions, as he hopes to inherit the position himself one day. The failings of this tradition family structure will play a major role in the crimes that are to come. In an ironic twist of fate, Sakuemon’s chastisement of Jiro are justified showing that Jiro is no better than the father he despise. It is revealed early on that he agreed to become an informant for the Americans in exchange for being released as a prisoner of war. This role putting him at odds with his younger sister, Naoko, a member of a socialist party. Their relationship as brother and sister is strained by Jiro’s involvement in the murder of another socialist party member, and Naoko’s lover. The early segments of this manga see Jiro fail to hide his role in this murder, later discovered by the newest addition to family. As the only living witness of Jiro’s crime, the family is forced to take drastic actions to maintain their family image. Not having the strength of mind to kill their youngest, the Tenge’s subject her to a fate worse than death. In a sick twist of fate the family member least responsible is the one punished for the cruely of her family. Born from the lust of Sakuemon Tenge. Punished by Ichiro Tengue. Victimized for the actions of Jiro Tenge. Overlooked by Naoko Tenge. [Enter Title screen] is to be kept out of sight, locked inside the Tenge’s basement until she draws her last breath.
Ayaka is a tale of postwar in japan as told through an exceedingly dysfunctional family.
.As a traditional family, the Tenge’s are perfectly placed to explore the change of this time.. Over the course of several decades we watch as the family slowly drifts apart, failing to adapt to the modernization that was forced onto Japan in the post-war. The American occupation government and rise of social activism, serving to crack apart the traditional Japanese family structure. No one plays a more important role in this depiction though, than Ayako. Ayako is a personification of the struggles of the wider Japanese public following the war. She is innocent, despite her scandalous origins, and suffers for the crimes of her family. There are no heroes to rescue her from her suffering the best they can do is keep her “safe” in a box. Despite this, in an act of defiance, Ayako continues to prosper despite her impossible situation. Much like a post-war japan rising from literal ruins to become reborn as a global superpower.I felt Ayako to be the darkest Tezuka’s work, because of how grounded it was. The imprisonment of Ayako, justified through this human need for self-preservation felt like painfully real. It terrified me, even more so, than the cruelty of Shogo, and the mass murder of Otani. I don’t know if this will necessarily come across the way I want it to, but I do not believe in rating something by quality – I purely rate by enjoyment. In spite of that I think that if I was forced to quantitatively rate a manga writing, I would give this a 10. In fact, I think I would give this entire manga a 10 – in the widely accepted sense. I say this as I am very sure that if I had to assess wheteher a work has ‘good writing’ I am probably going to measure it against this manga in the future. Although I have no flaws with this manga I still hesitate to call it my favourite, only because of how depressing it was to read this. This was emblematic of a growing sentiment, I was feeling at this part of my read through. All of the works of Tezuka’s dark period were amazing to near-flawless but I couldn’t help feeling a jaded from their inherent lack of humanity. It was an initially appealing offer when I started on the 70s but I soon found myself missing the simple and hopeful works of decades gone by.
Fortunately Ayako was followed by one such story. An inspiring tale of a boy rising from struggle to become enlightened.
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SCORE
- (3.7/5)
MORE INFO
Ended inJune 25, 1973
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