CHIKA GENTOU GEKIGA: SHOUJO TSUBAKI

DESCRIPTION

CAST

MANGA HorrorShoujo Tsubaki

REVIEWS

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  Peng

  40/100
  Vaudeville misanthropy

  _Midori: Shoujo Tsubaki_ is bookended by ukiyo-e stills depicting traditional Japanese folktales like Banchō Sarayashiki. In that respect, _Midori_ indeed feels like a product from a bygone era. That’s because it is. It has its roots as a kamishibai tale - narrated paper plays popular during the Great Depression - which was then adapted into an [ero guro manga](https://anilist.co/manga/39057/Mr-Arashis-Amazing-Freak-Show/) by the genre’s most infamous author, [Suehiro Maruo](https://anilist.co/staff/97764/Suehiro-Maruo). The anime version was drawn entirely by creator [Hiroshi Harada](https://anilist.co/staff/101945/Hiroshi-Harada) over a five year period after he failed to secure any funding. Why? Because _Midori_ is pretty fucked. After Midori’s mother dies she is kidnapped by a travelling freak show. What ensues is a perverse cavalcade of graphic beatings, amputee threesomes, statutory rape and most grievously, puppy deaths. Much like the vaudeville acts it echoes or the freak shows that form its subject matter, _Midori_ exists mostly for its spectacle. There’s ostensibly little rhyme or reason to this depravity. The cruelties that Midori endures are just that: cruelties. At least the movie is honest with itself in this regard. It revels in its hopelessness. The art is shoddy and garishly coloured. It depicts all manner of exaggerated oddities and deformities, from naked women masturbating with live snakes to men with their heads dangling off of noodle-like necks. The body horror sequences are the highlights. These highly imaginative scenes vividly capture the feeling of grotesque spectacle that _Midori_ strives for. Unfortunately, most of the animation budget was spent on these scenes. Majority of the movie consists of loosely connected freeze frames. This rings true for the story too, which is a sometimes incoherent patchwork of scenes. The dialogue is messy and the voice acting is rough. All of this sketchiness reinforces the film’s grindhouse feel. Not only that, it again harkens back to the primitive kamishibai and vaudeville acts that serve as its inspiration. By extension, the lurid imagery arguably captures the zeitgeist of Depression-era and [post-war despair and anxiety in Japan](https://anilist.co/activity/54894405). This is perhaps the movie’s greatest achievement. Despite the exploitative and shocking nature of its content matter, _Midori_ isn’t as visceral as it probably should be. Bar the animated body horror sequences, it fails to elicit a sustained sense of morbid fascination or abject disgust. This is largely due to the lack of subtlety. There’s blunt and then there’s getting your face smashed in by an amputated leg. It shows its hand within the first five minutes and doesn’t try to vary things thereafter. This one-note cruelty becomes tired and stagnant. _Midori_ consists of reprehensible, incoherent characters who commit reprehensible deeds. It is both literally about and reminiscent of something that people would pay to ogle at in carnival tents in order to satisfy their morbid curiosities. Unapologetically depraved and garish, but perhaps not too much else besides. This is an unrefined, misanthropic and sadistic movie.
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  Terajima

  78/100
  There are miserable lives in the world, and showing them without ornaments it's a duty that art must have.

  Before watching this I read Suehiro Maruo's manga on which this movie is based, which I did not like too much (even if I usually like his works); but to my surprise, because this is not usual for me the anime version is much better than the original manga.

  The virtue of this movie is that it is not recreated in the "troubled" details as in the manga, but that this is simply part of the story. Midori tells the story of a girl who sells camellias on the street and who, when her parents die, decides to go to the traveling circus of a man who once bought her flowers and told her that she would be better there, without the dangers of selling flowers in the street at night. Once in the circus, the man is not there, but because she doesn't foresee another option she lives there suffering abuse and dreaming of a better life.

  

  A kind of 1932 Freaks where the bad side is also shown, because who knows what a traveling circus was like in 1880, I think portraits like Freaks sweetens a reality that would come closer to what is shown in Midori.

  Caravaggio is probably my favorite painter, and one of the reasons is for the non-decoration of the world, that does not mean that the world is raw, ugly or bad, just that this part exists, nothing more than that, Michelangelo must exist because the beautiful and virtuous world exists, but also Caravaggio, because his world also exists and it is also beautiful and powerful in its own way. A life like that of Midori is not the life that most people will have, but of course there are miserable lives, and showing them without ornaments it's a duty that art must have.

  

  A movie that moves between dreams and nightmares, between the beautiful and the ugly, fantastic creation through animation and music of an environment, a mood, a universe. Suggestive, exciting and beautiful because of its truth, because nothing is more powerful than a walk among the flowers after years without hope, thinking that you have found the exit to a maze that unfortunately does not have one.

  Censoring this movie is censor life itself, to hide it, to give the reason to ignorant people who do not see beyond "hey, but in the movie they rape a girl and kill dog puppies, I don't like what I see, censor it". A movie does not have to be made so that you like everything that is shown, but also to make you think or feel about something in a deeper way. Sadly that way of showing things is not apreciated, many people only wants to see things portrayed as they would like them to be, fitting their moral standards, but that's not how those situations really are.

  
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  Ceuipsolon

  85/100
  Shoujo Tsubaki: A felicidade passageira de uma vida miserável

  __Chika Gentou Gekiga: Shoujo Tsubaki__

  Um dos filmes mais antigos que já vi em formato anime, de 1985 e definitivamente uma experiência única. É uma obra no mínimo difícil de se avaliar por ser algo tão diferente do formato moderno como conhecemos. Então vou dividir a minha experiência na mesma lógica da narrativa exercida pelo filme, no prólogo, os 3 contos e partes gerais da obra, mas primeiro seria interessante de comentar um pouco sobre o ero guro, gênero o qual a obra pertence e basicamente extinto hoje como gênero de animes.

  __Gênero da obra __

  Ero Guro se trata de um gênero de música e arte japonesa, teve início ao longo das décadas de 1920 a 30, seu significado provém do inglês: "erotic and grotesque" contraídos.
  É caracterizado pela distorção corporal ou visual, sangue, nudez, a eroticidade no grotesco. O pai desse gênero é Suehiro Maruo, autor do mangá Shoujo Tsubake que está sendo comentado, ele também possui diversas outras obras icônicas pertencentes s este gênero como Kaze no Manterou.
  A estética do ero guro acabou sendo um estilo que é adotado até hoje em obras de autores famosos, como o Junji Ito.

  Quadro do mangá Tomie de Junji Ito

  Caso tenha interesse, também pode conferir esse vídeo muito bom sobre Ero Guro do canal Quadrinhos na Sarjeta.

  __Prólogo__

  Uma história que se passa na década de 1920, num subúrbio japonês. Somos introduzidos a vida de Midori...

  

  ...uma jovem estudante de 12 anos que vende flores para ajudar a sustentar sua família, composta pela mãe doente e antigamente pelo pai, que sumiu. Então, cabe a ela tomar conta de tudo. Numa noite, um rapaz elegante realizou a compra de todas as flores e ofereceu uma moradia para ela, já que se encontrava em uma condição precária. A mesma perde a mãe no exato dia da oferta e decidi então aceitar a proposta do rapaz.
  Assim descobre o terror que a aguarda, o circo dos horrores. Composto somente por pessoas que já tem o psicológico completamente deturpado, além de serem alguma aberração para a própria sociedade servindo como atração de um show desumano. Ego, inveja, raiva, maldade, tudo que possivelmente pode haver de mal em um ser humano, estava em suas mentes.
  Assim sofre com a perda de sua virgindade devido a um estupro cometido pelas pessoas daquele local.

  __Conto 1__

  Traumas físicos e psicológicos, uma vivência desumana, as sensações negativas por continuar viva abominam a mente de Midori. Todos os sentimentos negativos dos participantes do circo dos horrores são despejados sobre ela. E o que fazer? Fugir é impossível.
  O circo estava quebrando, sendo misticamente relacionado a sua chegada e por isso é condenada a sofrer mais. Mas felizmente algo de bom está por vir nessa miserável vida, um homem de Tóquio que usa de magias ocidentais irá trabalhar no circo para ajudar a lidar com essa falência.

  __Conto 2__

  Este homem vindo de Tóquio aparenta ser alguém bondoso e dedicado, conquistando Midori com seu charme. Por não ser uma aberração, conseguiu atrair clientes por meio do talento e mudou a rotina do circo. Para melhorar a condição dos empregados e colaborar na melhor relação entre eles, é sugerido o aumento do salário (por meio do assassinato de um dos homens que estupraram a Midori).
  Conseguimos ver que há uma considerável mudança de carácter nas pessoas do circo. Mesmo se encontrando em condições terríveis e sendo humilhados, não precisam fazer com que os outros passem por essa situação, por justamente sentirem na pele o quão infernal é essa realidade.

  __Conto 3__

  O homem que está num relacionamento com a Midori acaba se envolvendo numa série de problemas que culmina em uma explosão de nervos ao longo do trabalho. Alucinando todos os clientes de uma forma completamente grotesca e confirmando também o completo desgosto dos integrantes do circo por eles. A desumanização das pessoas era algo tão comum que incomoda tanto quanto o próprio gore.
  Devido aquele episódio com os clientes, o circo é levado a falência e todos os integrantes não veem problema nisso, muitos procurando outras oportunidades de vida saindo daquele aspecto sub humano de vivência.
  Midori junto com seu marido pretendem sair daquele subúrbio, indo para Tóquio. Seu marido realiza algumas compras e na volta é assassinado, não podendo encontrar com Midori na estação de ônibus. Durante a longa espera, acaba se cansando e indo atrás de seu marido, numa tentativa desesperada a cada mais tempo que se passa, até alucinar.
  Midori é recheada de traumas do circo, não conseguindo ver que as pessoas de lá mudaram e ainda mais voltando um acontecimento extremamente triste e melancólico, novamente está sozinha no mundo, abandonada por quem realmente amou e caindo num mar de lágrimas espalhafatosas, barulhentas e depressivas. A Midori merecia depois de tanta sofrência um final feliz, mas não era o que o futuro reservava para ela.

  __Polêmica__

  Uma obra de Ero Guro com certeza não se livraria de polêmicas, sendo alvo até mesmo no Japão devido a história e a "apelação" visual, sendo banido dos cinemas do Japão, e muitas das suas cópias, além de uma parte do material original foram destruídas, tornando-se um filme underground. Em 2006, teve um lançamento oficial de uma versão em HD na França, que também possuía uma mídia digital e assim promoveu o acesso a essa obra.

  __Composição técnica:__

  A personalidade das cenas grotescas...

  

  ...é uma arte tão fora do usual que chama atenção diversas vezes ao longo do filme, além de se utilizar de recortes, rascunhos, movimentos artísticos de inspiração (surrealismo...

  "Second Smile" uma das obras marcantes do movimento surrealista

  ...por exemplo), enfim, a barreira que não permitia a animação fluída influenciou uma liberdade do diretor que exubere de recursos criativos. Os principais fatores que tornam a animação "travada" é devido a época que possuía menos equipamentos tecnológicos para facilitar na animação e também a falta de um patrocinador.

  __Conclusão__

  Somando então, uma animação criativa, osts muito bem colocadas e uma história insana, temos Shoujo Tsubake, uma animação marginalizada e que ainda sofre bastante negativismo devido ao gênero que pertence.

  __Crítica__

  Entre todos os contos, o segundo foi o mais interessante, por conta da superação de sentimentos negativos pelos personagens (mesmo que eles tornariam a voltar pós-terceiro).
  O filme não foi nem um pouco chato ou enrolado, mas possuí alguns problemas, em relação a certas pontas "soltas", narrativas abertas, sem necessariamente ter algum impacto na história, como a retratação do pai ao longo da obra. Outro problema é o gore extremo para a demonização de quem é "mal" sendo possível desenvolver de outras formas muito melhores do que a apelativo em alguns dos casos (como a morte dos cachorros que foram feitas de forma extremamente súbita, ocasionando numa cena pesada porém narrativamente ruim).
  Por fim, recomendo para quem procura algo fora do usual (mas como é bom deixar claro, advirto de gore e uma narrativa bem triste envolvendo uma garota inocente, ou seja, caso possua estômago fraco, não assista).

  __Referências__

  Wikipedia: Ero Guro link
  Pausa para um café: O horror nu e cru de Junji Ito link
  Nerd Maldito: Um anime grotesco que se perdeu no tempo link

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